A minha maior dor foi perder o comboio
E não seguir as entrelinhas do teu poema.
Rui Pedro Gonçalves
à qui de droit.
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A minha maior dor foi perder o comboio
E não seguir as entrelinhas do teu poema.
Rui Pedro Gonçalves
à qui de droit.
ando há dias com "a desumanização" na mala. terminei a última leitura - "A Minha Pequena Livraria" de Wendy Welch. Ed. noites brancas - e ando a ganhar coragem para esventrar o valter. perdão, o do valter. Ler apetece sempre, pior são os dias em que enrolamos leituras, e há razões mais legítimas do que outras para o fazer. não, nada tem a ver com a polémica que se levantou em torno de uma entrevista do autor. não a vou pronunciar. tem a ver com o arrebatamento que os livros do valter hugo mãe trazem consigo. e este já vem com carga emocional de leituras partilhadas.
respiro fundo umas quantas vezes enquanto lhe olho a capa de soslaio. passo a mão pelo objecto-livro e o meu coração já está acelerado sem chegar ao primeiro parágrafo. é mais ou menos assim o ritual do começo de um livro. é uma espécie de religião.
é saber que depois disto, não somos os mesmos.
*14.11
«o que fizemos de nós?
nunca soubemos dar nós
apertámos demais
deixámos tudo para depois. »
ou os assaltos da memória.
(para ti, sim.)