Escrever sobre a minha filha é escrever sobre um mundo encantado que principia a existir. Um livro em branco à espera das suas cores, purpurinas, melodias.
Escrever sobre a minha filha é tentar resgatar de mim as palavras mais bonitas e ficar sempre aquém. Uma menina-poema que, como qualquer bom poema, nos agarrou no coração e o tornou do avesso.
Habita-me o corpo e toda a existência, e já me tornou - em igual medida - na pessoa mais forte e mais frágil que habita os dias.