Não pousavam amor e despedida
nos ombros tão levemente, como se fossem feitos de matéria
diferente da nossa? Recordai-vos das mãos,
suavemente apoiadas sem pressão, ainda que nos torsos haja força.
Senhores de si, cientes: este é o nosso limite,
isto é nosso - tocarmo-nos assim.
"As Elegias de Duíno"
(excerto da segunda elegia),
Rainer Maria Rilke
Assírio & Alvim
1993