Os Perseguidores, Ana Teresa Pereira

Terminar um livro da Ana Teresa Pereira traz-me sempre angústia ao peito. Abraço-o junto a mim na esperança de nos fundirmos, eu e o livro, e para quem lhe conhece a obra talvez isto seja esquisito. Num universo de personagens quebradas, eu quero pertencer, eu quero ser aquela mulher naquela casa onde narcisos crescem abaixo das janelas.

E é frequente lembrar-me de passagens dos seus livros no meu dia-a-dia, porque ela escreve o que nos habita debaixo da pele, mas também a poesia do mais quotidiano dos gestos. Ler-lhe os livros é deixar-me inebriar por um perfume conhecido que nos inunda de memórias.

 
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