“De facto, no quarto de D. Mafalda, vinha vindo uma manhã pardacenta, augúrio da estação das temperaturas menos baixas, mas melancólico. Um anúncio de primavera cinérea. Baço, como já era baça a conversação, tão distante das asas ternas do desejo. A pequeníssima labareda do ciúme, nada atiçava naqueles dois. Nem a beleza parda que se acendia naqueles largos espaços lá fora. Nenhuma alegria no primeiro roçagar das aves e dos regos de água. A desmedida tristeza dos amantes que não se amam, a que contamina paisagens que ficam sem exultação, sem descrição possível. O mundo acaba, ou não nasce, o amor.”